Falar mourisquense (16)
24.12.07 | João Manuel Maia Alves
NOIVA DE ARRAIOLOS Pessoa que demora muito tempo a arranjar-se. (Mas quando é que estás pronta? Já estamos atrasados. Pareces mesmo a noiva de Arraiolos.)
MAIS VELHO QUE A SERRA DE OSSA Muito velho. (Essa história é mais velha que a Serra de Ossa.)
ENTRUNFAR Amuar, ficar aborrecido. (Ele ficou entrunfado quando o pai não o deixou ir jogar a bola no domingo passado.)
CASITA Anexo da casa que em muitas famílias servia para preparar as refeições ou mesmo tomá-las, sendo a cozinha pouco usada no dia-a-dia e reservada para ocasiões especiais. Às vezes a casita tinha um forno.
MARRADA Espaço que fica por lavrar junto das árvores quando o terreno é lavrado com animais ou mesmo com tractor. Após a lavoura as marradas tinham de ser cavadas. (O pai não gostou das notas dele no colégio e pô-lo a cavar marradas.)
CANDONGUEIRA Mulher que comprava produtos alimentares como ovos e chouriços, deslocando-se a casa das pessoas, e os vendia em Lisboa, para onde os transportava em frequentes viagens de comboio. Em Lisboa comprava e vendia nas suas visitas em Mouriscas produtos como café e sementes.
CANDONGA Actividade de candongueira. (As mulheres que andavam na candonga eram muito úteis às donas de casa em Mouriscas, pois lhes escoavam a produção de ovos sem terem de sair de casa, o que era muito importante numa terra tão dispersa.)
ARGANEL Gancho metálico espetado no focinho dum porco para o impedir de fossar.
ARGANAÇA Comilão. (Ele é um arganaça. Se pudesse, comia tudo e não deixava nada para os outros.)
CAMBULHO Malandro, patife. (Ele é um cambulho qualquer. Tem enganado muita gente nos negócios.)
FRETES Nome dado a tabuleiros alongados com uma importante função nos casamentos de outros tempos. Transportados à cabeça por mulheres ou raparigas, eram enviados pelos pais dos noivos aos padrinhos com coisas agradáveis ao paladar como bolos e peças de carne. Na viagem seguinte transportavam as prendas dos padrinhos géneros alimentícios, louças, etc.
Este artigo teve a colaboração, que se agradece, de Alberto Grossinho.
MAIS VELHO QUE A SERRA DE OSSA Muito velho. (Essa história é mais velha que a Serra de Ossa.)
ENTRUNFAR Amuar, ficar aborrecido. (Ele ficou entrunfado quando o pai não o deixou ir jogar a bola no domingo passado.)
CASITA Anexo da casa que em muitas famílias servia para preparar as refeições ou mesmo tomá-las, sendo a cozinha pouco usada no dia-a-dia e reservada para ocasiões especiais. Às vezes a casita tinha um forno.
MARRADA Espaço que fica por lavrar junto das árvores quando o terreno é lavrado com animais ou mesmo com tractor. Após a lavoura as marradas tinham de ser cavadas. (O pai não gostou das notas dele no colégio e pô-lo a cavar marradas.)
CANDONGUEIRA Mulher que comprava produtos alimentares como ovos e chouriços, deslocando-se a casa das pessoas, e os vendia em Lisboa, para onde os transportava em frequentes viagens de comboio. Em Lisboa comprava e vendia nas suas visitas em Mouriscas produtos como café e sementes.
CANDONGA Actividade de candongueira. (As mulheres que andavam na candonga eram muito úteis às donas de casa em Mouriscas, pois lhes escoavam a produção de ovos sem terem de sair de casa, o que era muito importante numa terra tão dispersa.)
ARGANEL Gancho metálico espetado no focinho dum porco para o impedir de fossar.
ARGANAÇA Comilão. (Ele é um arganaça. Se pudesse, comia tudo e não deixava nada para os outros.)
CAMBULHO Malandro, patife. (Ele é um cambulho qualquer. Tem enganado muita gente nos negócios.)
FRETES Nome dado a tabuleiros alongados com uma importante função nos casamentos de outros tempos. Transportados à cabeça por mulheres ou raparigas, eram enviados pelos pais dos noivos aos padrinhos com coisas agradáveis ao paladar como bolos e peças de carne. Na viagem seguinte transportavam as prendas dos padrinhos géneros alimentícios, louças, etc.
Este artigo teve a colaboração, que se agradece, de Alberto Grossinho.