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MOURISCAS - TERRAS E GENTES

Criado em 2004 para falar de Mouriscas e das suas gentes. Muitos artigos foram transferidos doutro espaço. Podem ter desaparecido parágrafos ou espaços entre palavras, mas, em geral, os conteúdos serão legíveis e compreensíveis.

MOURISCAS - TERRAS E GENTES

Criado em 2004 para falar de Mouriscas e das suas gentes. Muitos artigos foram transferidos doutro espaço. Podem ter desaparecido parágrafos ou espaços entre palavras, mas, em geral, os conteúdos serão legíveis e compreensíveis.

Formas de tratamento (2)

31.08.05 | João Manuel Maia Alves
Vimos no artigo anterior que em Mouriscas, as palavras “tio” e “tia” se usavam informalmente – e usam ainda – com um significado semelhante ao de “senhor” e “senhora”.

Quando os tios propriamente ditos mereciam um respeito especial, tal podia reflectir-se no modo como os sobrinhos os tratatavam ou se referiam a eles – “sim, meu tio”, “bom dia, meu tio”, “o meu tio padre”, “o meu tio doutor”, etc.

Pais, avós, bisavós, trisavós, tios – verdadeiros ou não – podiam ser tratados por “vomecê” como, por exemplo, na frase “faço como vomecê quiser”.

“Vomecê” era – e é ainda - uma palavra muito usada em Mouriscas. No Brasil usam uma palavra sememelhante – “vosmecê”. “Vomecê” e “vosmecê” são contracções de “vossemecê”, que é, por sua vez, uma contracção de “vossa mercê”.

Como as palavras “tio” e “tia”, “vomecê” tinha que ser usada atendendo às circunstâncias. Alguém que tratava outra habitualmente por “vomecê”, se calhar tinha que mudar para “senhor” ao se lhe dirigir em certos meios.

Quando se falava com alguém com uma melhor posição social, não era comum o tratamento por “vomecê”. Não se tratava por “vomecê” o farmacêutico ou um professor. Dizia-se “Sr. Navarro” para o farmacêutico ou “senhor professor” para o docente, mas não se pode estabelecer uma regra fixa. Dependia das circunstâncias e também um pouco do grau de instrução da pessoa – algumas eram descuidadas com as formas de tratamento, mas, devido às suas limitações, eram mais facilmente perdoadas de qualquer incorrecção.

Não ficaria bem a certas pessoas, com um maior grau de instrução ou dum meio social superior, usar a palavra “vomecê”. Um médico não trataria outra pessoa por “vomecê”. “Vossemecê” ou “o senhor” ou “a senhora” a seriam mais adequados, mas talvez mesmo o médico, numa festa de família, num meio muito informal, pudesse sem admiração de ninguém tratar outra pessoa por “vomecê”.

“Dona” e “Senhora Dona” era o tratamento atribuído às professoras primárias e, em geral, às senhoras finas, como as mulheres de homens com curso superior ou senhoras de modo mais refinado no vestir e no falar.

Às vezes uma pessoa passava a ser tratada mais respeitosamente por um filho seu ter acabado um curso superior. Uma mãe podia, por exemplo, passar de “Tia Elisa” para “Senhora Elisa” ou “Dona Elisa”. O pai podia passar a ser tratado por “senhor”.

(Continua)

Autor do artigo: João Manuel Maia Alves, com a colaboração de Carlos Lopes Bento

Formas de tratamento (1)

26.08.05 | João Manuel Maia Alves
As formas de tratamento na língua portuguesa são qualquer coisa de pavorosamente complicado. Têm variações nacionais, regionais e locais, por vezes com diferenças difíceis de explicar que podem, se não forem tomadas em conta, dar origem a situações embaraçosas ou mesmo deixar pessoas melindradas.

Neste artigo pretende-se dar uma ideia das formas de tratamento em Mouriscas num período que começa um pouco antes de 1950 e abrange uns 30 anos.

Comecemos pelo tratamento dado à autoridade religiosa da freguesia. O Padre Francisco José Pires, que deixou Mouriscas em 1951, era tratado por “Senhor Vigário”. Também havia quem lhe chamasse “Senhor Prior”. Parece que algumas pessoas que raramente iam à igreja se lhe dirigiam por “Senhor Superior” das poucas vezes que tinham de falar com ele. Quando alguém se referia a ele, dizia “o Padre Pires”, não o “Vigário Pires”.

A palavra “vigário” adquiriu com o tempo um mau sentido. Passou a significar “vigarista”. Parece que o sucessor do Padre Francisco José Pires, Padre João Mendes Pires, falecido em 2004, pediu, quando chegou a Mouriscas, que o tratassem por “Padre João”. Assim foi sempre conhecido e tratado.

“Quem és tu, meu menino?”. “Sou filho do tio Chico Lopes”. “Pensava que eras filho do tio Luís do Cardal”. “Oh tia Maria, a sua família e a minha sempre se deram bem”. “Fala da casa do tio Manuel Lopes”. “A tia Joana ainda anda bem apesar da idade”. Estas são frases que se podiam – e ainda podem – ouvir em Mouriscas”. Nelas a palavra “tio” e “tia” não indicam um grau de parentesco. São mais ou menos equivalentes informais de “senhor” e “senhora”.

Mouriscas era uma terra cheia de tios e tias. As duas palavras eram frequentemente usadas com os significados que vimos atrás.

“Tio” e “tia” com os significados indicados tinham nuances de aplicação. Talvez uma pessoa perguntasse a outra em Mouricas: “O tio Manuel vai hoje a Abrantes?”, mas ao falar-lhe noutra terra, no meio de pessoas bem vestidas e de ar citadino, dissesse: “o Senhor Manuel não me dava uma boleia?”. Um “tio” em Mouriscas podia ser “o senhor” noutro ambiente.

Quando uma pessoa tratava outra por “tio” ou “tia” sem ser da sua família, isso não queria dizer que fosse mais nova que a outra. As duas pessoas podiam ser de idades aproximadas. Uma coisa era certa – em circunstâncias mais cerimoniosas poderia tratá-la por “senhor” ou “senhora”.

(Continua)

Autor do artigo: João Manuel Maia Alves

A oliveira onde se joga à sueca

17.08.05 | João Manuel Maia Alves
oliveira.jpgNo lugar de Cascalhos, freguesia de Mouriscas, existe uma oliveira a que ninguém consegue ficar indiferente, devido à sua grandiosidade. Tão velha que todos os habitantes do lugar nasceram conhecendo-a já assim, tão grande que o seu tronco oco pode albergar uma mesa para quatro no jogo da sueca.Actualmente é uma oliveira em terra de ninguém, mas foi muito disputada em tempos passados. Velhos tempos, como recorda Artur Grilo, nascido na freguesia mas cedo emigrado para o Entroncamento.O idoso, hoje com 73 anos, teria uns seis ou sete anos quando viu pela primeira vez a oliveira. Foi quando a avó o levou um dia à cerâmica onde o avô trabalhava para lhe dar a marmita do almoço. A cerâmica, que como muitas outras já desapareceu da terra, ficava a escassos metros da enorme oliveira, que mede mais de cinco metros de diâmetro na base do tronco.Artur Grilo lembra-se de ficar de boca aberta a olhar para a grande árvore e de a avó lhe dizer que quando ela tinha a sua idade já a oliveira era assim, grande e forte. E que o seu tronco oco era aproveitado por algumas pessoas menos escrupulosas, que faziam dali a casa de banho que não tinham em casa.A oliveira manteve-se sempre firme e serena perante os pecados que sobre si eram cometidos. Ainda há umas semanas, o marido de uma prima em terceiro grau de três irmãs supostamente herdeiras da oliveira quis acabar com ela, cortando-lhe o tronco para fazer lenha, a pensar já no próximo Inverno.Mas as gentes da terra alertaram logo o presidente da Junta de Freguesia de Mouriscas, que não deixou que o homem levasse avante os seus intentos contra a famosa oliveira de ralias.Chama-se assim por ter, há tempos idos, sido ofertada a um santo qualquer, numa promessa que a então sua proprietária fez à igreja, em troca das melhoras de um familiar.Durante séculos foi comum na região as gentes darem oliveiras como promessas aos santos da sua devoção. As oliveiras, chamadas de ralias, ficavam na posse da igreja, e o padre encarregado de mais tarde as vender em leilão.O que criava situações caricatas. Quem comprava, acabava por ser proprietário de uma, duas ou várias oliveiras em terrenos que tinham outros donos. Valha a verdade que isso parece nunca ter gerado problemas de má vizinhança.A oliveira já pertenceu a várias pessoas, mas os donos foram morrendo e perdeu-se o rasto dos herdeiros. O seu porte, envelhecido pelo passar dos anos, continua grandioso e a deixar de boca aberta e olhos arregalados os forasteiros que por ali passam. Hoje, a oliveira de ralia de Cascalhos é de todos e fica em terra de ninguém.Este artigo foi publicado em 14-04-2005 com o título pelo semanário “O Mirante”, que se publica em Santarém e na Chamusca. Agradecemos a “O Mirante” a autorização da transcrição do artigo.A nossa oliveira-maravilha atraiu também a atenção da estação de televisão TVI, que lhe dedicou uma reportagem.

Estalagens e arredores

10.08.05 | João Manuel Maia Alves

Os versos que se seguem, de crítica a comerciantes e estabelecimentos da Estalagem, centro de Mouriscas, e imediações são da autoria de Fernando Rosa de Matos, das Aldeias. Foram lidos pelo conhecido cantor Jorge Palma numa récita realizada por volta de 1968. Tanto Fernando Rosa de Matos como Jorge Palma frequentavam então o extinto Colégio Infante de Sagres, onde a récita se realizou.

Prestem todos atenção:
Vou tentar dar-vos imagens
Ou fazer a descrição
Do que são as Estalagens.

Temos o tinto do Grilo
Que faz cantar os casmurros.
O talho? Deixou aquilo…
Foi um descanso prós burros…

E há cântaros baratos,
Pão, tabaco ou creolina,
Corta-unhas, lixo, ratos
Na prima Capitulina.

Sabão, farelos, colares,
Pés de cera pra promessas,
Mitras, xuxas, alguidares,
Pentes, farinha, compressas…

Rebuçados já bem raros,
De sabor bastante mau,
Missais, torcidas, aparos
Para canetas de pau.

Brilhantina que já deu
Em pegajosa mistela,
Tudo peças de museu…
A melhor das quais é ela.

E depois mesmo no canto
Está o Calhau… bom vizinho
Aquilo até causa espanto…
Não gosta nada de vinho…

E às meninas que interessadas
Em fazer boa figura
Queiram ir ao cabeleireiro
E também à manicura…

Indicamos-lhe o caminho
Para não haver engano:
È o senhor Augusto Serras
Por trás do metropolitano.

E quem procure ou quem queira
Alguma albarda ou alforge
Vá ao Senhor José Jorge
Que trabalha na Carreira.

Tem “atafais e intolhas”
Como em Mouriscas se diz,
Gravatas, coiros e rolhas,
Cilhas, safões e burnis.

E quem tiver simpatias
Ou gosto por boa prosa
Dê um salto às Ferrarias
Ao Senhor Sebastião Rosa.

Sem ter andado no estudo
É um homem com valor
Ensina o Senhor Doutor
E sabe e vende de tudo:

Fivelas, botas e cestos,
Terços, enxergas, doces, cabrestos…
Cita Bandarra e Ulisses…
Castra porcos com mestria,
Explica filosofia
E outras esquisitices.

Tem numa lista só sua
Chás pra qualquer dor ou mágoa,
Discute as fases da lua,
É leitor do Borda d’água.

É duma eloquência rara
Quando está com um copo a mais,
Tira nascentes com a vara,
Conhece o João de Calais.

Retomando agora a estrada
De regresso às Estalagens
Temos a Lux à entrada
Que vende com mil vantagens.

Bolinhas de naftalina,
Coisas que irradiam luz,
Cuequinhas de menina
E estampas do Padre Cruz.

E uns metros mais pra cá
Vemos no Pereira este adorno:
Queres fiado? Está bem está…
Tu levas mas é um corno!

Vende vinho de primeira
E valha-lhe essa virtude…
É assim o Senhor Pereira!...
Só pra ele é um almude.

E entremos na barbearia
Do mestre Senhor Joaquim.
É um ás na poesia
E até sabe latim.

Homem culto, ninguém negue!
Com monárquicos anseios…
Ninguém como ele consegue
Tantos gestos e meneios.

E o S’or Cadete não esquece.
Mas que conversa que ele tem…
Quem lá entra e não o conhece
Sai de lá sem um vintém.

Deste lado da calçada
Há café e televisão.
E ali não falta nada…
Pelo menos moscas no Verão…

Alguém de joelhos suplica:
Oh Quim vê lá se te avias:
Prá semana traz-me a bica
E o jornal de há oito dias…

Se quiser sal e também
Cairo e ceiras pra lagar
O Senhor João Pedro tem
De tudo que desejar:

Morcela, chouriço e paio
Mas tudo feito na linha…
Só não sei onde é que raio
Se encontra um cão que ele tinha…

E o Senhor António Duarte
No negócio é uma fera:
Vende peripécias com arte
Aonde a verdade impera.

Se não tem a loja aberta
Ele explica num instante:
É indústria e não comércio
Pois é ele o fabricante…

Continuando a caminhar
Nessa mesma direcção
Temos a montra invulgar
Do Senhor Manuel Simão.

Vende boinas e leituras
Pela conversão da Rússia,
Ceroulas, santas figuras
De Paulo VI e da Lúcia,

Calças da tropa e rodilhas
Tudo coberto de achaques…
Alpercatas sem presilhas,
Perfumes e almanaques…

Há quem diga, oh que injustiça,
Como é maldizente o povo”
Que ele leva a roupa à missa
E a põe na montra de novo…

Dizem que é homem prudente
Mas eu por mim não acho:
Pois não escapa certamente
Se cai das calças abaixo…

Vou terminar por aqui:
Não quis ofender ninguém.
E quem eu não referi
Que me desculpe também.

Antroponímia mourisquense (5)

03.08.05 | João Manuel Maia Alves
Neste artigo o autor, Carlos Lopes Bento, continua a debruçar-se sobre a antroponímia mourisquense entre 1860 e 1910.

Origens e significados de alguns nomes

A origem dos nomes perde-se na memória dos tempos e o seus significados são múltiplos, relacionados, como já foi anteriormente referido, com as coisas, os fenómenos da natureza, o tempo, a geografia, a história, as qualidades físicas e morais dos indivíduos, as circunstâncias necessidades e ocupações do quotidiano, a religião (nomes de santas/santos), a guerra, o poder, ... .

Concretamente:

Abel- Do hebraico hével=efémero ou do assírio Ablu= vaidade.

Abílio- Do latim=apto, capaz; do grego=aquele que é incapaz de vigança.

Adelaide- De or. germânica/teutónica: adal=nobre e haidu=qualidade=de linhagem nobre.

Afonso- De or. germânica/teutónica: Hathusfuns=pronto para o combate, guerreiro de ânimo combativo. Muito divulgado no sul das Europa foi disseminado pelos visigodos, combina os termos adal=nobre e funs= apto.

Alberto- Do germânico: adal e berth=nobre célebre e ou conselheiro dos espíritos.

Alda- Do germ. Alda=velho experiente ou grande; velha. Sábia e rica.

Alfredo- De or. germânica=conselheiro dos espíritos.

Alexandre/a- Do grego alexein=proteger e andros=homem ou seja defensor do género humano.

Alice- De or. germânica: adal=nobre e haid=estirpe; do grego=verídica, autêntica.

Amália- Do visigodo: amal=deve ser amada.

Amélia- Do gótico=trabalhadora, variação de Amália.

Américo- De or. visigoda=o que governa a pátria.

Ana- Do hebraico hanna=graciosa ou cheia de graça.

André/Andreia- Do grego andréas=viril, corajoso.

Ângela/o- Orig. grego=eggelos=mensageiro ou no latim angelus=anjo. Pessoa bondosa.

António/a- Orig. no latim antonius=inestimável ou no grego antheos= flor; o que está na vanguarda. A sua popularidade em Portugal resulta da devoção a Santo António de Lisboa.

Artur- Do celta art=urso e Ur=grande.

Augusta/o- Do latim augustus=majestoso, digno de veneração, o sublime.

Aurélio- do latim aurelius=ouro.

Baptista- Do grego baptis=que emerge. O que baptiza.

Bárbara- Do latim barbara=estrangeira, designava os que não pertenciam ao mundo greco-romano. Nome servil tomado de uma santa da primitiva Igreja.

Bartolomeu- Do aramaico Bar-Talmay, grego Bartholomaios, do latim Bartholomeus e = nascido num monte; filho de Tolmai.

Basílio- Do grego Basileios=rei. Cognome romano e nome de um santo.

Beatriz- Do latim beare= aquela que traz a felicidade, aquela que abençoa.

Belmiro- Do germânico bald+mir=audaz e afamado.

Benedito/Bento- Do latim benedictu=o bendito, bento, abençoado. Cognome romano e também usado pelos primeiros cristãos. Nome de santos e de papas.

Benjamim- Do hebraico Benyamim=o filho da mão direita ou da felicidade.

Benvida- Nome católico=bem vinda.

Boaventura- Do italiano?=buona ventura.

Branca- Do latim med Blanca=clara, luminosa, brilhante.

Brígida- Do celta briganti ou ou de uma latinização do irlandês Brighid=grandeza e força.

Bruno- Do latim brunus ou do germânco brun=moreno.

Carla/os- Do germ. Karl=homem viril. No latim=homem, viril.

Carolina- Deriva de Carla/Carlos.

Casimiro- De or. eslava=aquele que prega a paz.

Catarina- Do latim med Catharina e do grego Katharós, derivação do nome da deusa Elcáte=puro. Pura, imaculada.

Cecília- Do latim caecus=cego. Derivou para Caecilia, tendo como diminutivos Célia e Celeste; do etrusco=cega, ceguinha.

Celeste- do latim Caeleste=do Céu.

César- Do latim Caesar= o que tem cabelos fartos e longos, importante família romana.

Cesário- Do latim Caesarius=relativo a César.

Cidália- Do grego kidalia=de fonte.

Cipriano- Do latim Cyprianu=relativo aos habitantes de Chipre.

Clara- Do verbo latino clarus de Clara=claro, distinto, brilhante, ilustre. Cognome romano tornado nome de várias santas.

Clemente- Do adjectivo latino clemens=clemente, bondoso. Cognome romano, nome de Papa e de um santo.

Conceição- Do latim conceptione=acto de conceber ou de expressar ideias.

Constantino- Do latim Constabtinus=firme. Cognome romano.

Cristina- Considerado o fem de Cristus e deriva do latim Christina=procura do verdadeiro amor; escolhida por Deus.

Daniel- Do hebraico Danyyel=Deus é o meu juiz. Nome de profecta

David- Do hebraico Dawid=amado,querido, respeitado; predilecto, amado.

Dinis- Do grego Dionysios=filho de Deus.

Diogo- Do latim Didacus=instruído.

Duarte- Do inglês Edward e do germânico ead= rico e Weard=guardião.

Elias- Do hebraico Eli=meu Deus; nome de profeta bíblico.

Elisa- Do fenício Eliza=alegre.

Elisabete- Do hebraico Elisheba: Eli=Deus e Sheba=juramento ou seja juramento de Deus. Tem como variantes Elisa e Elsa.

Emídio- Do latim Emygdius que por sua vez deriva do grego Amygale=amêndoa.

Emílio- Do grego Haimulos=obsequiador que por sua vez deriva do grego ou da latim Aemilius=émulo, adversário; rival enciumado.

Ermelinda- Origem germânica=a que é um escudo da força.

Eugénio- Do grego Eugénius: Eu=bem e génius=origem, significando bem nascido.

Ezequiel- Do hebraico=Deus é a minha força; o que tem a força de Deus.

Felícia- Do latim= a que amamenta. Fem. de Félix.

Félix- Do latim=o que fecunda.

Fernando/a- Do germânico=audaz, atrevido, inteligente, protector.

Filipa/e- Do grego=aquele que gosta de cavalos. Santa da igreja primitiva.

Florêncio- Do latim=florescente.

Francisca/o- Do francês ou italiano?=humilde, pobre.

Gabriel/a- Do hebraico=homem ou força de Deus=varão de Deus. Arcanjo.

Georgina- Do grego= a que trabalha bem na terra. Fem de Jorge.

Guilherme- do germânico=decisão/vontade, protector, defensor; o que orgulha da sua força.

Heitor- Do grego=o que possui, mantenedor da vitória.

Helena- Do grego=luz, luminosa, tocha.

Henrique- Do alemão =senhor da pátria, príncipe, poderoso.

Herculano- Do latim=o forte; relativo a Hércules.

Hermínia- Do germ.=a consagrada a Deus.

Horácio- Do latim=relativo à hora, horário, visível, evidente.

Hortência/Hortense. Do latim=jardineira, horticultora.

Hugo- Do germ.=pensamento, espírito, razão.

Ifigénia- Do grego=de grande força e vitalidade, vigorosa.

Ilda- Nome teutónico=beleza luzente; do germ=a heroína na luta

Inácio/a- Do latim=ardente, fogoso. Nome de vários santos.

Inês- Do grego=casta, pura.

Irene- Do grego=a que ama a paz, pacificadora.

Isabel- Do hebraico ou teutónico=a que ama a Deus, casta, pura.

Ivo- =arqueiro.

Jacinta/o- Do grego e latim=flor; nome de uma pedra preciosa. Personagem da mitologia que, depois de morto se transformou na flor que tem esse nome. Cognome romano e nome de santo.

Jerónimo- Do grego=o de nome sagrado ou santo=O que é muito conhecido ou brilhante. Nome de Papa.

Jesus- Do hebraico=O Salvador, Deus é a Salvação.

Joana- Do hebaico=cheia de graças de Deus.

João- =agraciado por Deus.

Joaquim- Do hebaico=o que Deus elevou.

Jorge- Do grego=o que trabalha na terra; agricultor.

José- Do hebraico= algo divino, Deus; Significa Deus acrescenta. Filho de Jacob e de Raquel.

Josué- Do hebraico=Deus salva.

Júlia/Juliana- =cheia de juventude.

Júlio ou Juliano- Do grego= o que tem o cabelo preto; do latim=cheio de juventude.

Justa/o- Do latim justus= que trabalha com equidade ou que vive segundo a lei de Deus. Nome de vários santos,

Laura- Do latim =coroa de folhas de louro.

Lázaro- Do hebaico=Deus é a minha ajuda. Nome de santos.

Leão- Do latim=bravura.

Leonel- uma variante de Leão.

Leonor- Do grego=forte, compassiva e misericordiosa; do árabe= a sua luz é o Senhor.

Lídia=Do grego=irmã.

Lourenço=Significa o que veio de Laurento.

Lurdes- De origem francesa=evoca virgem.

Lucas- Do latim=resplandecente como a luz, luminoso; o que veio.

Lúcia/o- Do latim=nascido na luz do dia; luz.

Luís/a- Do germ.=combatente glorioso.

Madalena- Do hebraico= a que vive só na torre, a magnífica, cidade das torres, cabelos penteados.

Mafalda- Do germ.=virgem poderosa na batalha. Guerreira que combate com força. Variante de Matilde.

Maia- Do grego=a do instinto maternal.

Manuel/a/Emanuel. Do hebraico=Deus está entre nós ou Deus connosco.

Marcos- Do latim=protegido por Marte; o que trabalha com o martelo, o grande orador.

Maria- Do hebraico=a vidente ou a profeta; a estrela do mar; a eleita; a senhora; amargura, mágoa, esperança; senhora soberana.

Mariana- Do latim= Maria + Ana= consagrada ou pertence à Virgem Maria

Mário- Do latim=varão; do alemão=homem por excelência; forte, viril.

Margarida- Do latim=preciosa, valiosa.

Mateus, Matias- Do hebraico=dádiva de Deus ou de Jeová. Apóstolo.

Matilde- Guerreira que combate com energia.

Máximo- Do latim=maior de todos.

Miguel- Do hebraico=quem é com Deus; nome de um arcanjo.

Moisés- Do egípcio=o que foi salvo das águas.

Natália-. Do latim=a que nasceu no Natal.

Natividade- Do latim=faz referência ao nascimento de Cristo.

Natálio/a- Do latim Natalis=nascido no Natal; dia natalílicio.

Nazaré- Do hebraico=o brote que nasceu.

Pascoal- Do latim=o que nasceu nas festas pascais; nome associado à Páscoa.

Paula/o- Do latim=pouco, pequeno.

Pedro- Do latim=pedra

Piedade- Do latim=piedosa, religiosa.

Policarpo- Do grego=produz abundantes frutos.

Porfírio- Nome sírio=o vestido magnificamente de cor púrpura.

Preciosa- Do latim=que possui grande valor.

Primo- do latim=o primogénito, o primeiro filho.

Prudência/o- Do latim=que trabalha com juiz e sensatez.

Rafael/a- Do hebraico=Deus sarou, curado por Deus; Nome de um anjo.

Raul- Do gem. Variante de Rodolfo; do inglês=combatente; o que segue os conselhos do lobo ou que luta com prudência.

Ricardo- Do germ.=poderoso, forte como soberano.

Rodrigo- Do ger.=célebre pela sua glória ou rei famoso.

Rosa- Do grego=a rosa.

Rosária- Feminino de Rosário. Bondosa, busca em manter um clima de harmonia em seu redor.

Rui- Variante de Rodrigo=célebre pela sua glória.

Sabino- Do latim=o que veio de Sabina(interior da Itália); vindo do povo protegido pelos Deus Sabus.

Samuel- Do hebraico=aquele que Deus ouve.

Santos- Do latim=sagrado e íntegro.

Saúl- Do hebraico=o desejado.

Sebastiana/Sebastião- Do grego=augusto, reverenciado, digno de veneração. Nome de mártir. Padroeiro da freguesia de Mouriscas.

Serafim- Do hebarico=iluminado, resplandecente.

Severino- Do latim=o que é austero e incorruptível.

Silvério/a/Silvina- Do latim=nascido na selva.

Silvestre- Do latim=o que vive na selva; da floresta, da selva.

Sílvia/o- Do latim= mulher/homem da selva.

Simão- Do hebraico=o que me escutou.

Simplício- Do latim=simples.

Socorro- Do latim=a que está pronta a ajudar.

Susana- Personagem bíblica que encarna a castidade=lírio gracioso; pura como um lírio.

Teodora/o- Do grego=o regalo de Deus; presente dos deuses..

Teófilo- Do grego=amado por Deus.

Teresa- Do grego=caçadora, ceifeira.

Tiago- Redução de Santiago. Variação de Jacó.

Timóteo- Do grego= o que honra Deus.

Valentim- Do latim=forte, saudável.

Tomas ou Tomé- Do hebraico=irmão gémeo; gémeos.

Trindade- Do latim=as três pessoas num só Deus.

Vasco-=corvo pequeno.

Venância/o- Do latim=caçadora/r e gosta de caçar veados

Ventura- Do latim=o que terá felicidade

Vicenta- Do latim=conseguiu vitória

Vicente- de latim= o que terá felicidade

Vitória- Do latim e variante de Vicenta. Fem. de Vitor=paixão pela cerimónia e pelo luxo.

Vitorino- Do latim=pequeno vencedor

Virgílio- Do latim=o que tem gentileza e frescura

Virgínia- Do latim=puro e simples

Zacarias- Do hebraico=aquele de quem Deus se lembrou

Zulmira=excelente.



Texto da autoria de Carlos Bento.