Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MOURISCAS - TERRAS E GENTES

Criado em 2004 para falar de Mouriscas e das suas gentes. Muitos artigos foram transferidos doutro espaço. Podem ter desaparecido parágrafos ou espaços entre palavras, mas, em geral, os conteúdos serão legíveis e compreensíveis.

MOURISCAS - TERRAS E GENTES

Criado em 2004 para falar de Mouriscas e das suas gentes. Muitos artigos foram transferidos doutro espaço. Podem ter desaparecido parágrafos ou espaços entre palavras, mas, em geral, os conteúdos serão legíveis e compreensíveis.

Dr. Carlos Alberto Santana Maia (3)

24.09.06 | João Manuel Maia Alves
c_a_s_maia.JPG(Continuação)Na actividade política participou, antes do 25 de Abril, em várias acções da Oposição Democrática, com destaque para a campanha do General Humberto Delgado em 1958.No Partido Socialista fez parte, durante vários anos, da Comissão de Federação de Coimbra e da Comissão Nacional.Nas eleições presidenciais de 1986 foi Director de Campanha do Dr. Mário Soares, em Coimbra, tendo desempenhado as mesmas funções e as de Mandatário Distrital em 1991.Foi eleito para a Assembleia Municipal de Coimbra em 1982 e Deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista, em 1983 e 1985. Exerceu o cargo de Governador Civil de Coimbra de 1983 a 1985 e, por inerência de funções, de Presidente da Assembleia Distrital de Coimbra, cargos de que pediu a exoneração por serem legalmente incompatíveis com a candidatura às eleições legislativas de 1985, nas quais foi novamente eleito deputado.Com a dissolução da Assembleia da República em 1987, e porque não foi candidato a deputado às eleições desse ano, deixou de exercer qualquer cargo político até Dezembro de 1989. Nesta data foi eleito para a Câmara Municipal de Coimbra, tendo ocupado o segundo lugar da lista apresentada pelo Partido Socialista, que venceu as eleições por maioria absoluta. Passou assim a desempenhar as funções de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, no âmbito da qual foi designado Presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento.Em 14 de Dezembro de 1997 foi eleito Presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, cujo mandato terminou em 15 de Janeiro de 2002.É membro do Conselho Geral do Centro de Estudos e Formação Autárquica desde 1985.Foi Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo de Coimbra da Liga dos Antigos Combatentes durante um mandato, a partir de 1988.Integrou a Direcção do Instituto de Investigação da Agua de 1990 a 1992.Foi Vice-Presidente da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa de 1988 até Abril de 1997, data em que foi eleito Presidente, tendo sido reeleito em Abril de 2000 e Maio de 2003.Em 1984 foi agraciado pelo Rei Balduíno com a Ordem de Leopoldo II, Rei dos Belgas.Desde 1994 é membro honorário da Academia Brasileira de Medicina.Em 1997 foi eleito, em Filadélfia, Fellow honorário do American College of Physicians.Em 2000 recebeu a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos.Em 2001 foi-lhe atribuída a Medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde.Em 29 de Maio de 2004 recebeu o Diploma de Sócio Honorário da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

Dr. Carlos Alberto Santana Maia (2)

18.09.06 | João Manuel Maia Alves
c_a_s_maia.JPG(Continuação)Foi membro do Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Médicos, de 1971 a 1973, do Conselho Disciplinar Regional, de 1974 até 1976, e, em 1981, foi nomeado pelo Conselho Nacional Executivo, Coordenador Nacional da então criada Especialidade de Medicina Interna, a cujo primeiro júri de exames presidiu.Foi Presidente, a partir de 1988, do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, cargo para que foi reeleito em Dezembro de 1989. Em Novembro de 1988 foi eleito, em Berlim, Vice-Presidente da Comissão de Médicos Assalariados do Comité Permanente dos Médicos da CEE, passando, com a reestruturação das Comissões, a desempenhar a Vice-Presidência da Comissão de Organização dos Cuidados de Saúde, Segurança Social, Economia de Saúde e Indústria Farmacêutica. Nas eleições de 1989, para Bastonário da Ordem dos Médicos, desempenhou as funções de Presidente do Conselho Eleitoral Nacional.Em 16 de Dezembro de 1992 foi eleito Bastonário da Ordem dos Médicos, com mais de 60% dos votos expressos, numas eleições com elevada participação, às quais concorreram também os Professores Machado Macedo e Gentil Martins e em que obteve maioria absoluta em todos os distritos do Continente e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Tornou posse do cargo em 16 de Janeiro de 1993, em cerimónia realizada na Sede da Ordem dos Médicos e presidida por Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República, Prof. Barbosa de Melo.Passou a desempenhar funções de Conselheiro no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e no Conselho Económico e Social e presidiu ao Conselho Nacional das Profissões Liberais até 31 de Dezembro de 1994.De Abril de 1993 a 31 de Dezembro de 1994 foi Presidente do Comité Permanente dos Médicos Europeus, funções que passaram a ser então desempenhadas pela Associação Médica Pan-Helénica.Em Janeiro de 1996, no termo do mandato, cessou as funções de Bastonário da Ordem dos Médicos, passando, pelo Despacho 41/96, de 8 de Fevereiro, da Ministra da Saúde, a desempenhar o cargo de Presidente do Grupo de Trabalho para a elaboração da Carta de Equipamentos de Saúde, cujo Relatório Final foi apresentado em Março de 1998.Em 1991, foi eleito Vice-Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, tendo sido eleito Presidente da mesma em Abril de 1996, para o biénio seguinte.Por Despacho da Ministra da Saúde de 29 de Abril de 1998 foi nomeado para o cargo de Presidente da Comissão Instaladora do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais.Em 2 de Janeiro de 2002, terminado o regime de instalação, foi nomeado, por Despacho do Ministro da Saúde, Presidente do Conselho de Administração do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais.Por Despachos do Ministro da Saúde, respectivamente de 22 de Dezembro de 2003 e de 30 de Janeiro de 2004, foi novamente nomeado Presidente do Conselho de Administração do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, assumindo também as competências próprias do cargo de Director Clínico.Em 2003 foi nomeado como membro da Plataforma de Observação e Acompanhamento da Saúde, estrutura criada pela Ordem dos Médicos.(Continua)

Dr. Carlos Alberto Santana Maia

12.09.06 | João Manuel Maia Alves
c_a_s_maia.JPGO Dr. Carlos Alberto Santana Maia é um mourisquense muito ilustre. Do seu notável currículo consta o elevado e prestigioso lugar de Bastonário da Ordem dos Médicos. É uma grande honra para este blogue incluir este artigo em que se dá uma ideia da sua brilhante carreira.Carlos Alberto Raposo de Santana Maia nasceu a 10 de Maio de 1936 em Mouriscas, concelho de Abrantes. Foram seus pais duas pessoas que foram muito importantes na comunidade mourisquense - Cremilde Moreira Raposo e João Gualberto Santana Maia, médico e professor. É descendente em quinto grau de António Ferreira Sant' Anna, nascido em 1789 em Alagoa, concelho de Portalegre e já referido em vários artigos deste blogue. No ensino primário foi aluno de seus avós maternos, os distintos e saudosos professores Matias Lopes Raposo e Maria Amélia da Conceição Moreira.Os seus estudos secundários até ao antigo 5º ano do liceu foram realizados em Mouriscas, no Colégio Infante de Sagres, de que seu pai era proprietário. Aqui voltou a encontrar como professores os seus avós maternos. Rumou depois a Santarém, onde frequentou o liceu local e fez o antigo 7° ano, em 1953, tendo sido o aluno do liceu com maior classificação.Ingressou na Faculdade de Medicina de Coimbra, tendo, no segundo ano, sido eleito representante do curso, função que desempenhou até ao final e, em 1958, no quinto ano, foi presidente da Comissão Central da Queima das Fitas da Universidade de Coimbra. Depois dos seis anos de curso e um de estágio clínico, terminou a Licenciatura, com a apresentação de uma Dissertação, cujo tema foi "A trombo-elastografia no estudo da coagulação sanguínea", classificada com 17 valores. Também em 1960 obteve o diploma do Curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras de Coimbra.Em finais de Agosto do mesmo ano iniciou a prestação do serviço militar, tendo frequentado o Curso de Oficiais Milicianos, primeiro em Mafra e depois em Lisboa.Concluído o curso, foi colocado no Hospital Militar de Coimbra e, em Março de 1961, foi chamado para o Curso de Caçadores Especiais no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego.Como médico de uma Companhia de Caçadores Especiais e após a instrução desta, no Batalhão de Caçadores 5, em Lisboa, foi mobilizado para o norte de Angola, onde permaneceu até finais de 1963.Regressado de Angola, tomou posse do lugar de Assistente de Terapêutica Médica na Faculdade de Medicina de Coimbra por convite do Professor Antunes de Azevedo, com quem trabalhou até 1972. Nesse ano, foi aprovado por unanimidade no concurso nacional para o cargo de Director do Serviço de Medicina do Centro Hospitalar de Coimbra, não sem antes ter realizado o exame final do Internato Complementar de Medicina Interna, e concluído o concurso nacional de provas públicas, práticas e teóricas para Assistente Hospitalar de Medicina Interna.Em 1974, foi eleito Presidente da Comissão Instaladora do Centro Hospitalar de Coimbra, sucedendo ao conhecido Professor Bissaya Barreto e, em 1977, reeleito Presidente do Conselho de Gerência, onde permaneceu até 31 de Dezembro de 1980. Entretanto, havia orientado a programação da ampliação do Hospital dos Covões para instalação de novos serviços, e fez também parte de numerosas comissões e grupos de trabalho, na qualidade de Director do Centro Hospitalar de Coimbra. Durante o seu mandato, foram ainda executadas obras de ampliação na Maternidade Bissaya Barreto e foi aberto o Hospital Pediátrico de Coimbra, em 1 de Junho de 1977. Toda esta actividade mereceu, em 1979, por parte do Ministério dos Assuntos Sociais, um voto de louvor e reconhecimento, tendo em conta os altos e prestimosos serviços prestados à causa da Saúde.De 1975 a 1983, período em que foi ministrado o ensino médico pré-graduado na Unidade de Ensino Clínico do Centro Hospitalar de Coimbra, presidiu ao Conselho Científico e foi o Professor das Cadeiras de Clínica Médica e de Deontologia. No âmbito do ensino médico pós-graduado, impulsionou a criação do Instituto de Clínica Geral de Coimbra, tendo sido eleito para o seu primeiro Conselho Directivo em 1982. Ainda como docente, leccionou nas Escolas Superiores de Enfermagem Ângelo da Fonseca e de Bissaya Barreto, bem como na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, para cuja criação contribuiu.Presidiu ou integrou inúmeros júris de exame dos vários graus da carreira hospitalar quer nos Hospitais Centrais de Lisboa, Porto, Coimbra e Funchal, quer a nível de Hospitais Distritais.Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, fez investigação científica no domínio da diabetes mellitus e metabolismo do ferro. Tem 51 trabalhos científicos publicados, é membro de 12 Sociedades Científicas, nacionais e internacionais, e proferiu mais de uma centena de conferências e comunicações, nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Holanda, Polónia, Brasil, Moçambique e Macau.Com a sua criação, em 1988, presidiu à Comissão de Ética do Hospital, onde continuou a desempenhar as funções de Director do Serviço de Medicina e de Chefe de Equipa no Banco de Urgências.(Continua)

Lembranças do meu tempo de escola

06.09.06 | João Manuel Maia Alves

prof_bento_e_alunos.JPG

 

A presente foto, com o professor primário Manuel Alves Bento e seus alunos da 4ª classe, traz-me à memória vicissitudes da escola primária do meu tempo (1940-1944) e do tempo em que: os pais não iam todos os dias levar e buscar os filhos/as à escola. Apenas aqui se deslocavam, quando as crianças entravam para a 1ª classe, no dia da abertura das aulas, que começavam na primeira semana de Outubro ou quando tinham algum assunto a tratar com o sr. Professor ou por este eram chamados para resolver algum assunto relacionado com o aproveitamento ou comportamento dos jovens;

O edifício onde, em Mouriscas, funcionava a principal Escola Primária era geminado, destinando-se uma parte a salas de aula dos rapazes e a outra parte a salas de aulas das raparigas. O contacto e o convívio entre os dois sexos apenas de fazia de modo virtual.

Quanto aos alunos recordo-me que:

Faziam, diariamente, a pé, o percurso casa/escola/casa, quer morassem perto ou longe, chovesse, nevasse ou fizesse sol. Os apertados caminhos carreteiros que tinham de percorrer, normalmente de piso irregular, eram no tempo das chuvas lamacentos ou cheios de água e no tempo seco estavam cobertos de pó. Quando chegavam à escola molhados ou com frio esperava-os uma pequena braseira, que de pouco servia, condenando-os a passar várias horas molhados e com frio;

- Um ou outro caminhava descalço uma vez que os pais não tinham dinheiro para lhe comprar umas botas, ainda que grosseiras;

- Os que moravam mais distanciados da escola levavam o almoço consigo, muitas vezes uma sardinha albardada, umas passas fritas ou um pedacito de queijo e um bocado de pão de milho, tanta vez, endurecido. Nesse tempo não só não havia cantinas com leite, refeições de graça, como também dinheiro para comprar sandes, bolos, chupas, gasosas ou pirolitos... ;

- Levavam os seus livros, cadernos e o restante material escolar, como a pedra de ardósia, o lápis, a borracha, a caneta de tinta não permanente,... em pequenas sacolas, a maioria, confeccionadas de pano;

- Brincavam e jogavam, durante o recreio e hora de almoço, ao pião, ao berlinde, à bilharda, ao botão, à bola (de trapos), ao eixo, às escondidas, ... ;

- Iam fazer exame da 4ª classe à cidade de Abrantes, sede do concelho. Uns a cavalo em bestas, outros de carroça e, se calhar, alguns deslocavam-se a pé. Recordo-me que, em 1944, fiz o percurso numa carroça, puxada por uma mula, pertença do pai do colega Chico Martins, já falecido;

- Depois da escola, além de fazerem os deveres de cada dia, brincavam e ajudavam os pais, fazendo-lhes recados, pequenas compras e pequenas tarefas ligadas à vida do campo;

- Meia dúzia deles, por dificuldades de natureza pessoal e/ou material, embora o esforço dos seus professores, não atingiram a meta então tão ambicionada por todos os jovens: o sonhado diploma da 4ª classe, que lhes abria muitas portas, permitindo-lhe seguir os estudos ou iniciar uma arte e fugir ao fatigante e pouco limpo trabalho do campo, às ceifas do Alentejo ou à apanha da azeitona.

No que respeita aos professores:

- Os nossos professores, embora muito mal remunerados, eram muitos respeitados por toda a gente da freguesia, disciplinadores e muitos exigentes nas matérias que ensinavam, com especial relevo para a língua portuguesa e para a aritmética;

- Eles ensinavam a ler logo nos primeiros dois anos e a partir da 3ª classe os seus alunos faziam ditados e todos caprichavam em não dar erros de ortografia. Quando os davam eram obrigados escrever a palavra errada uma boa meia dúzia vezes;

- A tabuada e o abecedário ( do A a Z e do Z a A) decoravam-se (memorização mecânica para a fixação) a partir da 1ª classe e não mais se esqueciam durante a vida e a partir da 3ª classe aprendia-se a resolver complicados problemas de aritmética;

- Marcavam todos os dias trabalhos para fazer em casa. A sua não concretização, má execução ou uma chamada oral mal sucedida, ou até um comportamento desviante, constituíam motivos suficientes para se levar uns puxões de orelhas, umas bofetadas, chibatadas ou palmatoadas;

- Os pais dos alunos tinham absoluta confiança nos professores dos seus filhos e era, prática corrente, ouvirem-se incitações como esta: “senhor professor sempre que o meu filho descarrilhar puxe-lhe as orelhas, castigue-o, pois, quero que ele seja um homem e não um analfabeto ou um ignorante como eu”.

- Não facilitavam nada a vida dos alunos e só passando de classe quem sabia, e ao sair-se da escola, com a 4ª classe, era sinal de se tinha competências para saber ler, compreender e interpretar correctamente as mensagens do dia-a-dia, orais ou escritas, e resolver e lidar com os números a que a vida real, familiar e social, obrigava.

Termino com alguns dados biográficos do Professor Manuel Alves Bento, meu tio materno.

Nasceu em Mouriscas, no casal de Pinheiro, em 2/7/1895 e faleceu em 27/11/1941. Era casado com a Professora primária Estrela Barbosa, natural de Portagem, Marvão. O casal não teve filhos.

Foi combatente da 1ª Grande Guerra, em França, cujas sequelas terão antecipado a sua morte, que o levou aos 46 anos.

Era filho de Luís Alves Bento e Narcisa Alves, moradores no casal do Pinheiro e irmão de: Maria Alves Bento (24.1.1894-20.1.1948), casada com Manuel Gomes; Elisa Alves Bento (6.6.1897-20.4.1980), casada com David Lopes Mestre; Augusto Alves Bento (19.12.1899-6.6.1960), casado com Inácia e, depois de viúvo, com Maria Pimenta; António Alves Bento (5.5.1901-20.6.1954), casado com Maria Gomes; Abílio Alves Bento, (14.3.1904-), casado com Maria Antónia; e Carlos Alves Bento (2.6.1908-20.8.1976), casado com Rosa Pimenta.

Aproveito esta ocasião para prestar homenagem a todos os professores primários que leccionaram em Mouriscas, em particular, aos meus mestres, a D. Maria Amélia Raposo, minha professora da 1ª classe, e a Matias Lopes Raposo, meu professor nas classes seguintes.

A todos eles, como aos mestres de escola, os mourisquenses, de ontem e de hoje, muito devem.

A imagem acima inserida foi gentilmente cedida pelo meu irmão Fernando Lopes Bento, ainda entre nós e um dos alunos do grupo. Para ele um abraço reconhecido.

Escreveu o texto: Carlos Bento, Etnógrafo e Prof. Universitário.