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MOURISCAS - TERRAS E GENTES

Criado em 2004 para falar de Mouriscas e das suas gentes. Muitos artigos foram transferidos doutro espaço. Podem ter desaparecido parágrafos ou espaços entre palavras, mas, em geral, os conteúdos serão legíveis e compreensíveis.

MOURISCAS - TERRAS E GENTES

Criado em 2004 para falar de Mouriscas e das suas gentes. Muitos artigos foram transferidos doutro espaço. Podem ter desaparecido parágrafos ou espaços entre palavras, mas, em geral, os conteúdos serão legíveis e compreensíveis.

Mouriscas em meados do século XX (2)

27.10.04 | João Manuel Maia Alves
Os asininos, mais conhecidos por burros, pouco exigentes alimentarmente, eram animais sóbrios, de grande valia e acomodados a todos os trabalhos do mundo rural.

No tempo extraordinário, como em baptizados, casamentos, dias de festa, em caso de doença, e funerais, o gado muar e asinino desempenhava papel relevante no transporte de pessoas. Recordo a minha ida a Abrantes, em 1944, para fazer o exame da Instrução Primária (4ª classe). Como, então, a camioneta dos CLARAS - assim se designava o transporte público de passageiros - vinda de Carvoeiro, que passava pelas Mouriscas e o comboio, não tinham horários compatíveis com o início da prova escrita, marcada para as 9 horas, não restavam muitas alternativas aos estudantes: utilizar os animais ou ir a pé. Lembramo-nos ter saído de Mouriscas, às 5H30 e utilizado como meio de transporte uma charrete puxada por uma mula, propriedade do pai do colega Chico Martins. Eram viagens saudáveis, ainda que pouco cómodas.

O gado cavalar era mais raro. Existiam algumas éguas que eram utilizadas para puxar charretes - então, um bem de luxo, na posse dos agricultores mais abastados - e , como montada, para transportar pessoas. Poucos já são os mourisquenses que se lembram da égua que, por essas Mouriscas fora, e a qualquer hora, levava, até a casa dos doentes, espalhados pela freguesia, o distinto médico dr. João Gualberto Santana Maia, que, desinteressadamente, muito ajudou os nosso pais e avós, e do transporte das noivas ser feito no dorso destes animais.

Por volta de 1950, ainda existiam em Mouriscas para cima de duas centenas de asininos, cujo o custo unitário rondava os 500$00.

Nesse tempo também era rara a família que não comprava um ou mais leitões que depois criava, para engorda, sustentando-os com bagaço de azeitona, farelos, figos, produtos da horta e restos de comida das refeições.

O porco ou bácoro, animal indispensável ao aprovisionamento, tanto da salgadeira como do fumeiro, fornecia as suas carnes, sabiamente, preparadas - os enchidos, os presuntos, o toucinho - que eram, parcimoniosamente, consumidas ao longo do ano, tanto em refeições do dia-a-dia, como nos repastos cerimoniais, como casamentos, baptizados e trabalhos agrícolas especiais.

Era um animal que merecia cuidados redobrados. Para além da alimentação, tornava-se necessário capá-los e vaciná-los contra as peste suína, que anualmente, dizimava dezenas de animais. Quando chegava o tempo frio tinha lugar a matança do porco, momento social importante na vida das famílias.

Das cabras, na posse de todas as famílias detentoras de uma nesga de terra, os agricultores aproveitavam: as crias para venda, o leite para consumo próprio e para o fabrico de queijos e a carne, quando velhas ou maninhas, para consumo familiar festivo. As suas peles, então, serviam para o fabrico de odres ou couros e de foles, utilizados, respectivamente, para transporte de azeite e de cereais, antes e depois da sua farinação.

Das ovelhas, em menor número, para além dos borregos, do leite e da carne, utilizavam a sua lã que, depois de preparada, servia para a manufactura de várias peças de roupa. A sua carne teve papel importante nas festa de baptizado e de casamento.

Ainda são muitos os mourisquenses que se lembram do almece, com mais ou menos “borregas”que servia de alimento.

As galinhas, que de dia andavam abertas e à noite recolhiam ao galinheiro, forneciam os ovos, grande parte para vender, e a carne, cujo consumo era restrito a situações especiais. A reprodução era caseira. A dona de casa encarregava-se de “deitar” as galinhas, em local escuro, com 9, 11, ou 13 ovos “galados”e ao fim de três semanas, nasciam os pintaínhos. Algumas vezes a galinha punha os seus ovos em locais clandestinos e aí os chocava.

Os cabritos, os borregos, os queijos, os ovos e as peles, designadamente, as de coelho constituíam receitas importantes do orçamento familiar, servindo para comprar muitas das coisas que o agregado familiar não tinha possibilidades de produzir: utensílios agrícolas, tecidos, algum vestuário, sabão, petróleo, louças, alguns animais, ..., e para pagar aos trabalhadores e artesãos locais.

Mas a utilidade de todos os animais referenciados não se limitava às funções, aliás, aligeiradamente, descritas. Havia uma outra que é preciso recordar e que estava relacionada com o estrume, indispensável ao êxito da exploração agrícola. Com o material proveniente da limpeza da "cama" dos animais feita com mato e palha, próprios para o efeito, e das estrumadas feitas de tojo, rosmaninho, carqueja e outros matos, em caminhos e pátios, os agricultores preparavam muitos metros cúbicos de estrume que depois utilizavam para fertilizar o terreno, quer o já agricultado, seja nas novas sementeiras. Nesse tempo, existia uma perfeita harmonia e equilíbrio entre a ecologia, a sociedade e a economia que, sem dúvida, evitava os incêndios nas matas/florestas. A necessidade de avultadas quantidades de biomassa vegetal destinadas aos fornos de cerâmica- fabrico de telha e tijolo –aos fornos familiares de cozer pão, à cozinha diária, às lareiras no tempo do frio, às camas dos animais e à preparação de estrumadas era determinante para que os terrenos de pinheiros e também estes, e de mato estivessem sempre limpos e os acessos aos mesmos sempre transitáveis. Quem ainda se lembra do aproveitamento dos ”boniscos” que se apanhavam nos caminhos?.

Predominava a família nuclear constituída pelo casal e por muitos filhos, cabendo aos seus membros desempenhos bem diferenciadas.

Pertencia ao agricultor grande parte das tarefas ligadas à exploração da terra: surribar, cavar, lavrar, estrumar, adubar, sachar, enleirar, "enxarar", ceifar, enmedar, malhar, medir, ensacar, enceleirar, curar, podar, enxertar e limpar árvores, albardar, atrelar e tratar do gado. Tirava água dos poços com ajuda da cansativa e penalizante picota e da nora movimentada por muares ou asininos, dois importantes engenhos tradicionais de elevar água, indispensável, para as culturas de regadio de Primavera e Verão. Anualmente, preparava, para a malha, as eiras com pavimento em terra, com excrementos de bovinos, muares ou asininos. Encarregava-se, ainda, do transporte do mato, da lenha e da madeira necessários à sua casa agrícola. Ia aos mercados e às feiras do seu e dos concelhos vizinhos, conversar, comprar, vender, mostrar os seus animais, conhecer as cotações dos vários produtos e da mão-de-obra, e saber as últimas novidades tecnológicas ligadas à agricultura e o que se passava por esse mundo fora. Na freguesia, ao Domingo à tarde, dava um salto até à taberna para conviver e beber um copo com os seus pares e, algumas vezes, contratar o pessoal assalariado necessário. E no tempo próprio, mostrava as suas habilidades e contava as suas façanhas praticadas na arte da caça. Cabia-lhe, finalmente, levar os animais de trabalho ao tronco para ferrar, tosquiar e diagnosticar algum mal e, anualmente, os cães à vacina.

À mulher do agricultor não faltava trabalho e preocupações. Maternidade, enculturar e socializar os filhos. Tratar dos animais domésticos ou “tratar dos vivos”: porcos, galinhas, patos, às vezes perus, coelhos, cabras, ovelhas, entre outros e fazer a ordenha e o queijo. Preparar, diariamente, as quatro refeições para a família e, semanalmente, peneirar farinha, amassar, tender e cozer o pão. Aprontar a matança do porco, a carne e fazer enchidos. Lavar, passar a ferro e passajar, e às vezes, confeccionar a roupa de toda a família. Preparar o linho, a estopa, a lã e os trapos para a tecelagem. Gerir, parcimoniosamente, a economia doméstica, dando especial atenção, aos produtos da salgadeira e do fumeiro. Planear e organizar, com grande antecedência a boda dos filhos para que nada falhasse e faltasse em tão grande dia. Caiar, anualmente, a casa de habitação, que caprichava em manter, sempre, num estado de limpeza impecável. Ajudar nas práticas agrícolas como: semear, sachar, regar, desembandeirar, descamisar e descarolar milho, ceifar, apanhar comida para os animais, azeitona, figos e fruta.

(Continua)

Escreveu o texto Carlos Bento

Mouriscas em meados do século XX (1)

07.10.04 | João Manuel Maia Alves
Na breve descrição que se segue serão tidos em consideração os aspectos mais relevantes da geografia, da sociedade e da economia da freguesia de Mouriscas que pautaram o modo de vida dos seus habitantes, no período pós I Guerra Mundial até à década de 70 do século passado.

O território que constitui a freguesia de Mouriscas e faz parte do concelho de Abrantes, situa-se no alto Ribatejo e numa encosta da margem direita do médio Tejo. Os seus solos, bastantes movimentados, a maior parte de natureza xistosa, embora, agricolamente, pobres, são favoráveis ao crescimento de árvores como a oliveira, figueira, pinheiro bravo, sobreiro, carvalho e eucalipto e de matos mediterrâneos como: tojo, torga, rosmaninho, giesta, carrascos, carqueja e esteva. Nas margens das ribeiras e vales florescem choupos, freixos, amieiros e salgueiros.

A economia da freguesia assentava, essencialmente, na exploração de uma agricultura de sequeiro e de regadio, de pequeno significado, da pequena horta, da olivicultura e da pecuária e, em menor escala, do pinheiro bravo e dos matos e de pequenas indústrias artesanais.

A produção anual de alimentos provinha, principalmente, de uma pluri-agricultura intensiva, familiar e pouco produtiva, explorada, por processos artesanais.

A propriedade do solo, muito dividida, alguma socalcada e quase sempre murada a pedra seca, serviu de base, durante muitas gerações e até há quatro dezenas de anos, a uma actividade primária voltada, essencialmente, para a olivicultura, a cultura de cereais de sequeiro (milho, trigo, cevada, aveia e algum centeio), de leguminosas e outras, como, favas, ervilhas, grão-de-bico (culturas, geralmente, de sequeiro), couves (ratinha ou galega, lombarda, tronchuda, repolho, coração-de-boi, sete semanas), nabos, feijões, cenouras, beterrabas, alfaces, almeirões, cebolas, alhos, pimentões ou catalões, tomates, pepinos, melões, abóboras, melancias e de batatas (culturas de regadio). Cultivavam-se, ainda, a serradela, o linho, os tremoços e os chícharos. Entre as árvores de fruto que cresciam nas pequenas hortas, tínhamos: laranjeiras, limoeiros, tangerineiras, tangereiras, macieiras, pessegueiros, ameixeiras, nespereiras, damasqueiros, nogueiras, diospireiros e algumas amendoeiras. A figueira tinha papel de relevo na economia local. O figo preto, seco ou não, servia para a alimentação de pessoas e animais e para o fabrico de aguardente, muita dela feita particularmente em alambiques. De lembrar ainda os saborosos figos de S .João, os figos lampos, as abêberas ou bêberas, os figos paraísos e castanhais. Amanhava-se a micro-vinha, destinando-se o vinho e a aguardente bagaceira, para venda, o consumo da casa e presentear amigos.

Os cereais, depois de colhidos, eram malhados ou debulhados em eiras e, de seguida, guardados em potes de barro. O milho, o trigo e o centeio iam depois para os moinhos e azenhas e aí eram transformados em farinha e, posteriormente, em pão, cozido em fornos individuais, aquecidos a lenha de pinheiro, oliveira, estevas, ... . Neste processo de transformação desempenhavam papel importante os moleiros e as mulheres.

Era, então, ambição de toda a família ter habitação própria, uma “fazenda”ou “courela” com oliveiras, figueiras e outras árvores de fruto, uma horta com poço onde pudesse cultivar, pelo menos, algumas couves, batatas e feijões, produtos básicos na alimentação do dia-a-dia.

O olival, a par dos cereais, constituía uma fonte de riqueza para as famílias mourisquenses. A oliveira dava a azeitona que depois de apanhada por ranchos, constituídos por gente da terra ou de fora, ia para os lagares - numa primeira fase de varas e, depois de prensa hidráulica - para ser moída e transformada em azeite. Neste processo de transformação tiveram papel de relevo os lagareiros e os mestres de lagar. Ao ser limpo dava trabalho aos “alimpadores” e fornecia rama para alimentação dos animais e lenha para a cozinha, lareira e forno de cozer pão.

Foi esta agricultura de minifúndio, bem adaptada ao potencial ecológico mediterrâneo, que forneceu, durante gerações, os produtos, diversificados e de qualidade, que permitiram o sustento anual das famílias mourisquenses.

As habitações eram, construídas em terras próprias, muitas vezes, em locais isolados, perto ou longe dos caminhos principais, facto a que não é alheio o povoamento disperso da freguesia. Como materiais de construção utilizavam-se materiais da terra: pedra, barro, cal que se comprava na Barca do Pego e madeiras, de pinho e choupo.

Os animais domésticos na posse dos agricultores tinham diversificadas funções: muares e asininos eram utilizados na tracção, no carrego e montada; bovinos, na tracção; suínos, caprinos, ovinos e animais e aves de capoeira - como coelhos, galinhas, perus, patos -, constituíram pilares básicos na economia autoconsumo, quase auto-suficiente, das famílias mourisquenses. O gado cavalar, pouco numeroso, era propriedade das famílias mais abastadas. Aos cães e gatos cabiam importantes funções domésticas.

As juntas de bois eram elementos preciosos no mundo agrícola. Puxavam os carros que, entre outras coisas, transportavam cereais, azeitona, azeite, bagaço, figos secos, madeira, mato para os fornos de cerâmica, para os fornos de cozer pão e para as camas dos animais e para as estrumeiras e ainda os arados e grades indispensáveis na lavra e gradagem das terras. Também desempenhavam as mesmas tarefas as parelhas de machos e de mulas que, para além disso, ajudavam na debulha dos cereais. Com menos força do que as juntas, as parelhas, pela sua maior agilidade, eram muito mais rápidas na concretização das mesmas tarefas.

Todos os médios agricultores possuíam pelo menos uma junta de bois ou uma parelha de muares, havendo, um ou outro, que era detentor de mais duas juntas de bois ou de uma junta e uma parelha. Na década de quarenta, calcula-se que deveriam existir, na freguesia, cerca de 25 juntas de bois e um número aproximado de parelhas de muares.

Era costume muitos agricultores levarem as suas juntas de bois às feiras e mercados, não só do concelho, como também dos concelhos vizinhos. Iam mostrar o seu gado e saber novidades do mundo agrícola. Era uma das maneiras de expressar e aferir o seu status social.

Os pequenos e médios empresários agrícolas quando não tinham meios para adquirir uma junta ou uma parelha, compravam apenas um macho ou uma mula ou um ou dois burros. Apenas as famílias muito pobres não dispunham do seu “burrito”. Ainda que menos vulgar, via-se, por vezes, a fazer de parelha, um macho e um burro ou um macho e um vitelo, a puxar um carro ou a lavrar terra, facto que, neste último caso, exigia cangalhas especiais.

Como montada, animais de carga ou de tracção, muares e asininos prestavam aos seus proprietários uma gama multifacetada de serviços. Transportavam produtos e, também os seus donos e/ou familiares para as "fazendas" e para a sede do concelho onde iam cumprir as suas obrigações fiscais, às feiras, aos mercados e ao Hospital, utilizando-se, para o efeito a albarda ou a carroça. No trabalho do campo eram preciosos auxiliares. Puxavam noras, carros, carroças e charretes, transportavam água para beber, das fontes, em cântaros de barro ou folha, com a ajuda de cangalhas e seirões, ajudavam a lavrar e a preparar os terrenos para as diferentes culturas anuais e ainda, contribuíam para o fabrico de estrume.

(Continua)

Escreveu o texto Carlos Bento

Mestras de costura

01.10.04 | João Manuel Maia Alves
Depois dos mestres as mestras. Falámos no artigo anterior dos mestres de lagares de azeite. Hoje dedicamos um artigo às mestras de costura, que foram personagens muito importantes da história de Mouriscas.

Na expressão “mestre de lagar de azeite” a palavra “mestre” significa “chefe de fábrica ou oficina”. Em “mestra de costura” o termo “mestra” quer dizer “professora, aquela que ensina”. As “mestras de costura” eram mestras porque ensinavam costura.

Até há décadas esperava-se das donas de casa que dispusessem de capacidades como saber cozinhar, fazer pão, lavar roupa e cuidar dos animais domésticos, muitas vezes designados em Mouriscas por “vivos”. Estes saberes aprendiam-se em família, principalmente com as mães. Ser capaz de confeccionar roupa para a família e arranjá-la quando precisasse de conserto era outro saber indispensável a qualquer dona de casa. Estava ainda longe a época em que se compraria toda a roupa, que se deitaria fora assim que apresentasse deficiências. Por falta de dinheiro e devido a uma diferente mentalidade eram outros os hábitos. Quando a roupa não servia para usar, acabava muitas vezes em tiras para fazer tapetes e mantas.

Antigamente as donas de casa dos meios rurais passavam muito do seu tempo com trabalhos de costura, usando a tesoura, a agulha e o dedal e, quando existia, a máquina de costura, que era um utensílio muito desejado.

As futuras donas de casa aprendiam com as mestras de costura a confeccionar roupa e a arranjá-la. Aprendiam, fazendo, as competências de que necessitariam como costureiras do lar.

Em certa altura das suas vidas as raparigas começavam a aprender costura nas mestras. Dizia-se que “andavam na mestra”. Algumas interrompiam a aprendizagem na altura da apanha da azeitona. Outras só andavam na mestra em férias do trabalho de espartaria ou de estudos.

Nem todas as raparigas tinham o mesmo gosto pela costura nem a mesma capacidade para aprender. Duma maneira geral ficavam habilitadas a fazer roupa interior de homem e mulher e vestuário de criança. Algumas eram capazes de fazer peças mais complicadas. Era também importante aprenderem a passajar e remendar roupa a precisar de conserto. Era o tempo em que as calças de trabalho de homem recebiam grandes remendos, às vezes de cor diferente.

Algumas mestras de costura em Mouriscas foram Maria Mendonça Marques, dos Engarnais Cimeiros, Beatriz Eugénia, do Outeirinho, Maria “da Portela”, da Portela, Maria “da Mestra”, do Tojal, Florinda Filipe, do Carril, Sílvia Alves de Matos, do Surdo, Maria Florinda, das Casas Pretas, Elisa "Benta", das Casas Pretas, Maria Marques, do Outeirinho, Jacinta “Galanta”, das Casas Pretas, e Joaquina Baptista, dos Cabrais.

As mestras de costura foram criaturas importantes em Mouriscas. Merecem ser recordadas e homenageadas. Foi a intenção deste artigo.


Este artigo teve a valiosa colaboração, que muito se agradece, de Iénia Lopes, Maria José Lopes e de Sílvia Alves de Matos (ex-mestra de costura), todas do Lugar do Surdo e de Ermelinda Marques, dos Engarnais Cimeiros